A anestesia é um procedimento médico que visa bloquear temporariamente a capacidade do cérebro de reconhecer um estímulo doloroso. Graças à anestesia, os médicos são capazes de realizar cirurgias e outros procedimentos invasivos sem que o paciente sinta dor. Os principais tipo de anestesia utilizados atualmente são  a anestesia gera, peridural, raquidiana e local.

A dor é um dos mecanismos de defesa do organismo, ativado quando um tecido esteja sofre estresse ou lesões. Para podermos sentir dor, é preciso haver receptores que identificam lesões dos tecidos e nervos sensitivos especializados em transportar a sensação de dor. Nossa pele, por exemplo, é amplamente composta por nervos sensitivos capazes de reconhecer eventos traumáticos mínimos. Quando sofremos pequenas cortes, uma picada de inseto, estes nervos são ativados, enviando rapidamente sinais elétricos em direção à medula espinhal, que por sua vez, transporta-os para o cérebro, onde a sensação de dor é reconhecida.

Para bloquear a sensação de dor é possível, bloquear os receptores no local exato onde a lesão está ocorrendo. Na medula espinhal, bloqueando um sinal doloroso vindo de um nervo periférico, impedindo que o mesmo continue seu trajeto e chegue ao cérebro. Ou no cérebro, impedindo que o mesmo reconheça os sinais dolorosos que chegam a si. Estes são os modos de agir sobre a dor e são os mecanismos básicos da anestesia geral, regional e local.

Anestesia geral é um procedimento seguro indicado para as cirurgias mais complexas e de grande porte, quando requer imobilização total do corpo, para evitar movimentação por reflexos e espasmos, mantendo o paciente inconsciente e imobilizado.

Anestesia regional é um procedimento anestésico usado em cirurgias mais simples, onde o paciente pode permanecer acordado. Este tipo de anestesia bloqueia a dor em apenas uma determinada região do corpo. Os tipos de anestesia regional mais utilizados são anestesia raquidiana ou raquianestesia e anestesia peridural.

Anestesia raquidiana com uma agulha é inserida nas costas, de modo a atingir o espaço subaracnoide, dentro da coluna espinhal. Em seguida, um anestésico é injetado dentro do líquido espinhal (liquor), produzindo dormência temporária e relaxamento muscular. A presença do anestésico dentro da coluna espinhal bloqueia os nervos que passam pela coluna lombar, fazendo com que estímulos dolorosos vindos dos membros inferiores e do abdômen não consigam chegar ao cérebro. A raquianestesia é comum para procedimentos ortopédicos de membros inferiores e para cesarianas.

Na anestesia peridural o anestésico é injetado na região peridural, que fica ao redor do canal espinhal, e não propriamente dentro, como no caso da raquianestesia.
Na anestesia peridural, o anestésico é injeto por um cateter, que é implantado no espaço peridural. Enquanto na raquianestesia o anestésico é administrado por uma agulha uma única vez, na anestesia peridural o anestésico fica sendo administrado constantemente através do cateter. A anestesia peridural pode continuar a ser administrada no pós-operatório para controle da dor nas primeiras horas após a cirurgia. Basta manter a infusão de analgésicos pelo cateter. A anestesia peridural é usada para o parto normal.

O procedimento anestésico mais comum é a anestesia local, sendo usado para bloquear a dor em pequenas regiões do corpo, habitualmente na pele. A anestesia local é habitualmente feita com a injeção de lidocaína na pele e nos tecidos subcutâneos. Ela serve para bloquear a dor em uma variedade de procedimentos médicos. A anestesia local também pode ser feita através de gel ou spray. A anestesia local funciona bloqueando os receptores para dor na pele e os nervos mais superficiais, impedindo que os mesmos consigam enviar sinais dolorosos para o cérebro. Nos procedimentos simples, onde a anestesia local é necessária, a única função da anestesia é cortar a dor. Todo procedimento requer uma avaliação médica individual para tomar a melhor decisão de acordo com as características do procedimento e do paciente.

Para obter mais informações marque uma consulta com um médico especialista do Hospital e Maternidade Dr. Carlos Corrêa.

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